Tudo começou quando os bebes tinham 3 meses de vida. Meu sogro nos convidou para passarmos o próximo réveillon num cruzeiro de 12 dias pela Europa. Com saída do porto de Southhampton, a 140 km de Londres. O cruzeiro em si nunca me animou muito*, mas a palavrinha mágica "Londres" sempre foi muito tentadora pra mim, o que me fez dizer "sim" sem raciocinar direito. Regra número um para papais de gêmeos: Raciocinar direito!
Com 9 meses pela frente até a data de partida, eu como mãe de primeira viagem, e isso não é um trocadilho proposital, imaginava que bebes de 1 ano fossem crianças mais independentes. Conforme os meses se passavam, meu desespero só aumentava. Pois via meus bebes como bebes. Eles continuavam pequenos, dependentes e vulneráveis. E minha cabeça de mãe super protetora e hiper organizada fervilhavam com a necessidade de informações que pudessem me ajudar a passar por essa viagem ilesa como mãe, mas principalmente como mulher.
Como pais de gêmeos, imagino que para chegarem a este blog, tenham pesquisado um pouco na internet a respeito. E provavelmente descobriram que existem muitas dicas de como viajar com bebes. Mas com gêmeos, é praticamente nulo. Existem dicas em sites das companhias aéreas, dos aeroportos, dos hotéis, em fóruns específicos, em sites de revistas da área, mas sobre gêmeos... como é difícil. Somos pais esquecidos no limbo!
Pais de gêmeos são gente também! Queremos jantar fora, ir ao cinema, assistir TV, viajar para lugares que não estejam apenas a um raio de 50 km! E que carma é esse que nos foi imposto que teremos que ser acompanhados eternamente por ajuda extra. Seja ela familiar ou comprada. Eu me recuso a ser dependente de terceiros pelo resto da vida. Sou cabeça dura, e sempre cuidei do meu nariz. Então imaginem agora, como mãe de gêmeos, o que mais me angustia, é não ter o total controle das situações. Por isso, pesquisei muito, e sem muito sucesso, resolvi absorver as informações de dicas para bebes únicos, interpretá-las e adaptá-las às nossas necessidades. Não posso dizer que foi mil maravilhas e que tudo saiu perfeito. Não saiu. Pelo contrário. Encontramos muitas dificuldades nos vinte longos dias de viagem. Tive que adaptar muitas coisas, o que minha experiência profissional como designer e produtora de eventos ajudou bastante, chorei várias vezes, me arrependi algumas, mas conseguimos sobreviver. Hoje, a maior lição que aprendemos foi a dar valor a nossa vida, nossa casa, nossa comida, nossa paz. Mas tenho certeza que se eu tivesse mais experiência e mais informações disponíveis, todo nosso stress seria minimizado. Por isso, caros papais curiosos ou desesperados por informações sobre o que fazer para viajar com a prole, farei todo o possível para passar as dicas mais valiosas para sua viagem ser o mais prazerosa possível. Lógico, dentro dos limites de prazer para papais de gêmeos!
*nota da autora. O porquê não sou fã de cruzeiros marítimos: Sou sagitariana, desesperada por individualidade, liberdade, e desprendimento. Apesar de todo o luxo que um cruzeiro possa oferecer, me sinto obrigada a permanecer num local onde não tenho direito de escolha de ir e vir, e isso me tira o bom humor. Para aqueles que são fãs e adoram, curtam por mim. E para aqueles que nunca foram, vale a pena conhecer. Afinal, a opinião só se forma com a experiência!
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